Obra dos Pintores com a Boca e os Pés

 

 

 

Prece de Natal
Odir Milanez
 


Neste Natal, Jesus, como eu queria
que acolhêsseis no azul todas as flores,
chorássemos somente de alegria,
fizéssemos dormir as nossas dores!

Da fome o fim! Jesus, que bom seria
se sustásseis das secas os horrores.
Uma só nuvem vossa poderia
dar às crostas do chão verdosas cores!

Venham a Vós, Jesus, essas crianças
que se perdem do pão de cada dia,
das estradas do estio nas andanças!

Desta prece no fim, Vos pediria
ver o verde vestindo as esperanças
neste Natal. Jesus, como eu queria!



JPessoa/PB
11.12.2012
oklima

Mesmo sem procuração do parnaso, seja esta prece em nome de todos os poetas do site Poesia Pura, para que chegue, com o aval de todos, às mãos de Jesus.

 

 

 

 

Prece de Natal

Vera Pessoa

 

 

Ah! A angústia, a saudade, o quase desespero

De não poder gritar em alto som, confessar

Num tom de grito, num último ar austero,
Que meu coração está  doído e a sangrar!

 

Falo, sabendo ser criticada, palavras

Que digo são em tom sofrido - assim sou eu.

Arrancar alegrias dos sons apalavrados,

São melodias profundas do farto ego.

 

Menina sem letras cantava, declamava

Em sítios vários, chorava ao ver crianças,
Presos, enfermos, idosos sempre a dizerem
Que abandonados estavam, não mais pueris.


Anos correram nada mudou, só piorou!
Fome das pessoas no Natal se agravou.

 

 

São Paulo, 11, XII.2012

 

 

Ó Amigo Odir, o Poeta, arrancaste do meu peito palavras sôfregas que rogam ao Senhor! Que elas subam ao céu como ondas sonoras alcançando os pés de Jesus como minha derradeira súplica neste dia que se comemora o nascimento do Menino Deus: É Natal!   

 

 

 

 

“Neste Natal, Jesus, como eu queria
que acolhêsseis no azul todas as flores,
chorássemos somente de alegria,
fizéssemos dormir as nossas dores!”

Odir Milanez

 

 

 

Eu facilmente me emociono! Desta feita foi mais fácil ainda, poeta Vera Pessoa, ao sentir em teus pensares os meus pensamentos! Ano passado, ante a imagem da fome mundial indo além dos cantos de glórias aos céus, compus este soneto:

 

 

Nasceu Jesus

Odir Milanez

 

 

Ave, anjos de cor do Senegal,

de rosto caverna, de olhar aflito,

de pranto complacente, sem um grito

à fome, que se fez transcendental!

 

Hosanas às crianças do Nepal

que aprestam prece além do infinito!

Eis que chega do tempo o mais bonito

dos dias seus: o Dia de Natal!

 

Crianças sem perfume e sem nobreza,

qual inodora e desairosa dália

que, mesmo assim, se anima em ser beleza.

 

Nasceu o amor maior e mais profundo!

Nasceu Jesus, crianças da Somália,

o Redentor das dores desse mundo!

 

JPessoa/PB

oklima

 

Beijando-te abraços gradecidos,

Odir Milanez

 

 

 

 

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Música:

Mundo Feliz, Nasceu Jesus

(Cantado pelo Coro do Tabernáculo Mórmon).

Composição - George F. Handel, 1685–1759
Arranjo de Lowell Mason, 1792–1872

 

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