Tela: Artista Abbadia Pessoa

 

 

 
 

 

Vera Pessoa

 

1. Ó Deus Eterno, o meu coração não é orgulhoso; deixei de ser arrogante. Não vou atrás das coisas grandes e extraordinárias que estão fora do meu alcance.
2.Pelo contrário, estou calado e tranqüilo. E, como a criança fica quieta nos braços da mãe, assim o meu coração está calmo dentro de mim.

3. Povo de Israel, confie no Deus Eterno,
agora e sempre.

(Salmo 131-A bíblia na linguagem de hoje)
 

Esse salmo de Davi expõe o caráter desse servo de Deus, bem como compara esse caráter à profissão de Davi. Nessa comparação, são registradas algumas ironias: “à luz dos seus anos medianos e posteriores, mas também desperta memórias da sua antiga modéstia, simplicidade e falta de rancor” (Derek Kidner, 1987); entre as grandes qualidades que o tornam poderoso.

O Salmo 131, com apenas três versículos, antecipa a lição dada em Mateus 18:1-4, quando Jesus chamou para si uma criança em resposta à pergunta: 

“Quem é, porventura, o maior do Reino dos céus?[...].Lembrem-se disto: se vocês não mudarem de vida e não se tornarem
como criança, nunca entrarão no Reino dos céus.”

 

Seria fácil fazer do versículo de número um (1) uma desculpa para a consciência do homem diante dos desafios da vida.No entanto, observa-se que o pecado do orgulho é mencionado, mas em seguida é rejeitado.

 

“Ó Deus Eterno, o meu coração não é orgulhoso.”

 

Nota-se, também, que, na segunda parte do mesmo versículo, o pecado é a presunção, conforme é retratada em Provérbios 30:13.Diante desses pecados do orgulho e da presunção, algumas vezes, a pessoa, alvo dessas agressões, pode mostrar os comportamentos de quem dá pouco valor às ofensas recebidas, apresentando reações contrárias às hostilidades, principalmente se tem interesse em tirar proveito da relação de uma provável dominação.

No versículo dois (2),a palavra “desmamada” – encontrada em outra tradução -, ressalta a analogia entre a criança que já não anseia por aquilo que lhe era indispensável e a alma que aprendeu uma lição comparável.

 

“De certo fiz calar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada, para com sua mãe, tal é a minha alma para comigo.”

 

Lição de libertação, de algo que lhe era importante para sua sobrevivência, na qual procurava suas próprias vantagens. E, como o próprio salmista acrescentará no versículo três (3), a alma liberta-se da escravidão que gerava tormentas e terrores indescritíveis.

Novamente, somos chamados a encarar a lição do desapego às coisas da matéria, no Novo Testamento, em Filipenses 2:3.

 

“Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos todos de receber elogios; mas sejam humildes [...].”
(Filipenses 2:3)

 

“Povo de Israel, confie no Deus Eterno,
agora e para sempre!”

 

O versículo três -“Povo de Israel, confie no Deus Eterno, agora e para sempre!” -,desperta-nos de uma contemplação passiva a Davi para uma ativa e perseverante, ao seu exemplo, como servo de Deus.Exemplo que nos impede de seguir Davi destemidamente.Exemplo que nos impulsiona a um olhar direcionado a Jesus, tendo a certeza de que Ele é o“Seio Bom” (MelaineKlain, por Rosa, M.D., 2001)que nos puxa a segui-lo com reverência, fé e amor.Seguir Jesus, não por meio de uma simples contemplação introspectiva, mas por meio dos desmames da ambição, da vaidade e da ignorância espiritual.Ablactação que é capaz de levar-nos da ambição, sem substância, à única porção sólida habilitada a ser inteiramente nossa. 

“A minha comida consiste em fazer a
vontade daquele que me enviou, e
realizar a sua obra.” (João 4:34)

 

 

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Música: Johann Sebastian Bach (Eisenach, 1685 - Leipzig,1750)

Ária da Suite para Orquestra n° 3 in D major BWV 1068 (1997 Digital Remaster)

Academy of St. Martin in the Fields e Sir Neville Marriner
 

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