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Artista Dioni Fernandes Virtuoso

Pensando na Vida - Escultura em argila

 

 

 

Vera Pessoa

 

Temos certeza de que essa frase é um dos mais fortes pretextos que nos dias de hoje fazemos uso. Vivemos em uma época em que os fazeres múltiplos nos dominam. Temos o trabalho formal, temos as diversões, temos os diferentes compromissos caseiros, temos as dores do físico, da alma e do coração, temos as famílias e os amigos, temos a culinária, temos os bancos financeiros, temos as academias, temos as atualizações diversas etc.

Contudo, tanto em um como em outro compromisso, o fazemos apressadamente, dedicando-nos com pouco afeto às suas realizações e reservando pouco momento a reflexões,a leituras ea contemplações de nós mesmos, do outro e do universo!Alvejamos e queremos as conquistas relacionais e materiais de uma hora para a outra como em um estalar dos dedos.

Quando paramos para respirar estamos tão cansadosque, às vezes, a televisão domina-nos, e, diante dela, paramos por horas e horas – até mesmo sem “vermos, ouvirmos” e muito menos sem escolher o programa que está passando à nossa frente. Ficamos como hipnotizados diante das imagens e dos sons que ela nos oferece, permitindo que estes, as mensagens vinculadas às imagens e os vídeospenetrem nosso ser sem que os percebamos que está a entrar, a passar.

O resultado desses comportamentos é que, raramente, tiramos tempo para pensar, para meditar, para inquirir, para analisar, e, raramente, tiramos tempo também para conversarmos com Jesus. Vimos uma pessoa tão preocupada em se engajar em um relacionamento materialmente – afetivo, lucroso, que, ao perceber a(o) sua (seu)  parceira (o) cautelosa (o) no seu envolvimento relacional saiu correndo da construção afetiva-sócio-cultural-espiritual. A única coisa que o citado “fusca” precisava era de combustível para seguir viagem - assim saiu correndo.

Entretanto, a menos de um ano à frente desse seu habitual modo de agir, percebeu o quanto enganada(o) estava ao buscar em outra pessoa o que não encontrou na relação afetiva anterior. Assim, o mesmo “fusquinha” estava tão apressado para chegar ao seu objetivo final, social, que decidiu não parar para abastecer e abastecer ao outro, e continuou na sombria esperança de que tinha recebido o suficiente combustível que o levaria ao seu destino.Ora, ele aterrorizado parou!

É difícil acreditarmos que alguém seja tão tolo, até que nos lembremos que essa atitude é exatamente a maneira como muitos de nós agimos diante da vida, da vida cristã. Estamos tão ocupados correndo de um lado para o outro, para o próximo item da agenda, que decidimos não parar para nos abastecer ao lado de Jesus. Infelizmente, os líderes cristãos podem estar também a viver entre os piores transgressores desta lei natural: a oração! Podem confrontar-se com as exigências constantes, diversificadas e urgentes dessa nossa sociedade consumista, socialista.

Na verdade, nós estamos tentados a investir de significado transcendental todas as nossas atividades - observemos a elevada frequência de mensagens que falam de Deus, de Jesus nas redes sociais -, de modo que, apesar da relativa falta de um relacionamento com Deus por meio da oração, ficamos corroendo, silenciosamente no fundo de nossa consciência, as dores e os ruídos causados pela importância absoluta que damos a todas as coisas que atualmente vivemos.

É claro que dizemos a nós mesmos, no mais profundo do coração, que orar é de suprema importância. Contudo, as nossas agendas estão sobrecarregadas de afazeres que provocam em nós o ato de adultério contra nossa relação com Jesus.

Perguntamo-nos qual é a resposta de Deus a essa nossa dura e quase inevitável forma de viver nesse tempo contemporâneo? A história de Maria e Marta (Lucas 10:38-42) certamente deve dar-nos alguma resposta sobre a percepção de Jesus a respeito das nossas ocupações.

Marta tinha tanta certeza de que as suas escolhas e o seu ativismo estavam corretos que ela se indignou com a calma de Maria. Além do mais, Marta sentia que as suas ocupações não eram triviais, pois estava a preparar uma grande festa na qual Jesus e várias outras pessoas se alimentariam. Seu trabalho devia ser muito grande, bem como a sua preocupação, levando-a a exacerbação de sentimento em relação à sua irmã Maria, sendo este manifestado por meio do ressentimento contra o próprio Jesus: “Senhor, não te importas de que minha irmã tenha deixado que eu fique a servir sozinha? Ordena-lhe, pois, que venha ajudar-me”(Lucas 10:40).

Como ainda nos dias de hoje, Jesus está a nos aconselhar e a confundir. Ele calmamente respondeu à Marta: “Marta! Marta! Andas inquieta e te preocupas com muitas coisas. Entretanto, pouco é necessário ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lucas 10: 41-42).

 

 

 

 

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Música: Elements

Por: Lindsey Stirling (Condado de Orange -Califórnia-, 1986)

Compositora, dançarina, violinista, cantora

Conhecida por Violinista Hip-Hop
 

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