Tela: Artista Abbadia Pessoa
A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma
Vera Pessoa
Nascemos em um lar cristão, sendo “papi” ministro de Deus e defensor das leis
dos homens, avô e tios paternos também ministros do evangelho de Cristo, tias
paternas dedicadas à música em igrejas batistas, e “mami” e tias maternas
voltadas às artes plásticas sagradas e profanas. Em Portugal, tínhamos avô e tio
avô portugueses dedicados ao Vaticano.
Aos
quatorze (14) anos de idade, o Pr. Missionário James Musgrave batizou-nos na
Primeira Igreja Batista de Goiânia (GO) (http://youtu.be/PFi14fGFxWo),
e, desde então, até nos mudarmos para São Paulo, anunciávamos com ele, em
diversificados lugares, Jesus Cristo, por meio da música e da declamação de
poemas.
Seguimos os ensinamentos recebidos por meu “papi”, Pr. Dr. José Motta dos Reis
Pessoa, e pelo Pr. Musgrave, servindo e anunciando a Deus por meio da música:
ora em cadeia, ora em leprosário, ora em hospital, teatro, academia de letras,
orfanato, casa de repouso, escola fundamental e secundária, ora em principais
ruas de cidades, ora em residências – serenatas -, centro acadêmico,
universidade e igreja católica e igreja evangélica no Brasil e no Exterior.
Contudo,
nossa entrega total a Deus surgiu de uma certeza e de três dúvidas que
tínhamos há longo tempo, mas que, somente a partir de fevereiro de 1979,
resolvemos tomar decisões diretas, duras e muito doídas em relação à busca de
respostas internas e externas às certezas e às dúvidas. Fomos buscar as verdades
que somente Deus pode dar-nos por meio do jejum, da oração e da meditação sobre
a sua Palavra! Essa nossa ânsia teve silentes respaldos/ombros dos meus amores,
amigos, irmãos e companheiros, Veida Carvalho Vianna (uma discernida espírita -
altamente desenvolvida) e Lupércio de Souza Cortez Júnior.
Sempre
houve a certeza interna absoluta de que Deus tem como propósito a restauração da
vida de toda a pessoa que nele crê. É forte a convicção de que essa restauração
não se dá somente na vida eterna, ela começa no momento em que cremos em Jesus
como nosso Deus e Senhor. Assim, a vida eterna inicia-se no aqui e no agora.
A
primeira das nossas dúvidas era percebermos a diferença na forma e na
intensidade com que as pessoas recebiam o poder curador de Deus em suas vidas.
Não encontrávamos explicação plausível para essa diferença, porque observávamos
pessoas que tinham feridas profundas, bem mais do que outras, mas ainda assim
viviam processos profundos de cura no seu todo. Por outro lado, encontrávamos
pessoas com experiências de vida muito menos sofridas, que tiveram acesso a
muitas oportunidades de tratamento do Espírito Santo, mas não apresentavam,
praticamente, nenhum tipo de crescimento. Para nós, essas diferenças não faziam
parte do plano de Deus, pois ele deseja abençoar a todos nós sem distinção e sem
limite.
Nossa
segunda dúvida e terceira referiam-se aos sentimentos e dedicações dos meus
ancestrais: Estariam eles corretos ao abraçarem por inteiros e inteiramente a fé
cristã? Se Deus deseja restaurar a nossa alma, e se o plano de redenção que
Jesus veio trazer-nos afeta o espírito, a alma e o corpo, certamente os recursos
para isso, deveriam estar à disposição dos servos de Deus em toda a história
humana e em toda a vida, na respiração das igrejas cristãs. No entanto, não
observávamos muitas vezes o amor e a piedade entre muitos deles: por eles
próprios, pelo outro e entre nós mesmos.
Sentimos que não é um modismo atual a restauração da alma - ela é uma verdade -
e que ela não depende de técnica de aconselhamento pastoral, nem de atividade
exercida no seio da igreja, nem da procura à santificação, nem da psicologia
e/ou da cura interior - métodos que deveriam estar disponíveis aos cristãos dos
séculos passados. A restauração é o plano de Deus para todos os que creem nele
em todas as épocas da história humana. O que ocorre é que muitas modalidades de
técnicas de cura estavam engavetadas e, ao serem redescobertas, parecem ser
novidade. Contudo, afirmamos e destacamos que as técnicas utilizadas devem ser
unicamente fundamentadas na Palavra de Deus.
É
interessante observarmos que a obediência aos princípios eternos de Deus
leva-nos a um estilo de vida que poderá facilitar a produção de resultados
benéficos à nossa personalidade e à saúde física, a qual poderá liberar o amplo
poder curador de Deus sobre nós. Ao aprendermos e apreendermos por meio do
Evangelho de Deus o princípio do perdão, podemos, por exemplo, obter liberdades.
Mas, se ainda assim o nosso coração permanecer cheio de mágoa e de rancor,
necessário se fará que decidamos se confiaremos no plano de Deus ou se
seguiremos o nosso próprio caminho.
Agora,
se a pessoa ferida, mesmo estando com o coração doído, resolver obedecer a Deus
e tomar uma posição positiva em relação ao que a feriu, temos certeza absoluta -
por experiência própria (e muito recentemente) -, de que a ferida tornar-se-á
menor. Necessário se fará tomar uma posição diante dessa dor da alma, ao invés
de esperarmos que o sentimento de perdão venha por meio da simples obediência.
Assim, descobriremos que aprendemos a perdoar no dia a dia, a cada hora e a cada
minuto, a nós mesmos e ao outro - tão humano quanto nós!
Por
outro lado, observamos pessoas que insistentemente reincidem em humilhar
intensamente a mesma pessoa ao longo dos anos – mudando apenas as formas usadas
para esse seu triste comportamento. Porém, aqui, estamos diante de um caso bem
diferente daquele que acabamos de mencionar. Ainda assim, olhemos a bíblia que
nos diz que colheremos tudo aquilo que semeamos, e estejamos certos de que essa
colheita refere-se, também, ao interno da própria pessoa que fere, bem como do
ser ferido (tente mudar de caminho - poupando a ambas -, se o fenômeno agressivo
é difícil de ser contornado, por exemplo).
Ao nos
submetermos aos princípios eternos de Deus estamos semeando, em nossa
personalidade e na do outro, as bênçãos decorrentes dessa consciente obediência.
Apaziguar o sofrimento humano é uma realidade e dever à mão! Tentemos conciliar
a ternura e a ingenuidade em nós, as quais todos internamente têm – pois a
criança ai está, dentro de cada um de nós. Conciliemos nossas convicções, nossas
firmezas, nossas sensibilidades e nossos rigores teóricos e de vida e artísticos
sem perdermos a ternura jamais.
“Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás.” Ernesto Che Guevara.
São Paulo, 21.V.2014
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Música: The
Mormon Tabernacle Choir and Orchestra at
Temple Square perform
"You'll Never Walk Alone" from the musical, "Carousel"
composed by Richard Rodgers with lyrics by
Oscar
Hammerstein II and arranged by Arthur Harris.
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